01 maio 2009

Safra de cana de açúcar no Brasil deve crescer mais de 10%

O primeiro levantamento da safra de cana no Brasil, feito pelos técnicos da Conab, apresenta uma possibilidade de crescimento que pode variar entre 8,6% e 10,7%, em relação ao que foi colhido no ano passado. A indústria sucroalcooleira deve esmagar neste ano de 622,03 a 633,72 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. O volume é o maior alcançado até agora quando comparado as 572,57 milhões de toneladas de 2008.

Um dos fatores deste crescimento são as 28 milhões de toneladas de cana madura remanescentes da safra de 2008 e que serão moídas neste período. Outro motivo para este incremento é a ampliação de 9,9% da área plantada, consequência da entrada em produção de aproximadamente 25 novas usinas. Até o ano passado, os canaviais destinados à indústria sucroalcooleira ocupavam 7,08 milhões de hectares e agora chegam a 7,79 milhões de hectares.

Já a área total de cana para todos os usos saltou de 9,4 para 9,59 milhões de hectares (+1,8%). A projeção é de uma colheita recorde, podendo chegar a 674,8 milhões de toneladas, ou 3,3% a mais que a anterior. “Isso prova que o mercado sucroalcooleiro continua aquecido, apesar da crise econômica”, explica o presidente da estatal, Wagner Rossi.

Os estados do Centro-Sul são responsáveis pelo processamento de 90% da produção e os do Norte/Nordeste pelo restante. São Paulo segue com a maior produção no país (360,41 a 367,69 milhões de toneladas), representando cerca de 58% de toda cana que será processada.

Os destaques são a expansão do plantio em Goiás, com 527,6 mil hectares (+31,3%), e em Mato Grosso do Sul, com 335,1 mil hectares (+21,5%). Na soma, o Centro-Oeste registra crescimento na área de 20,50%, alcançando 1,09 milhão de hectares. A produção segue a mesma tendência, com cerca de 30% a mais (85,29 a 87,01 milhões t).

Já as plantações no Sul devem crescer 18,3%, ocupando 644,3 mil hectares. A quantidade de cana que vai para a indústria sucroalcooleira deve ficar entre 53,24 e 54,31 milhões de toneladas, com destaque para o Paraná, que assume a segunda maior produção do país (53,1 a 54,2 milhões t), ultrapassando Minas Gerais (50,8 a 51,8 milhões t).

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