Pesquisadores da Fundação MT - Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso, e da TMG - Tropical Melhoramento Genético, já estão trabalhando no desenvolvimento da segunda geração de soja Inox. A primeira geração de cultivares melhorada geneticamente foi desenvolvida como uma reação ao fungo causador da ferrugem asiática, Phakopsora pachyrhizi, que provocou muitos prejuízos aos produtores de soja.
Conforme o pesquisador, Sérgio Suzuki, pesquisador da Fundação MT, enquanto a geração I da soja Inox possui um gene de resistência para a ferrugem, a geração II terá uma combinação de genes diferentes na mesma planta e uma futura geração III terá ainda a associação de genes de resistência. Como o fungo pode modificar-se rapidamente, a resistência genética presente nas cultivares poderá ser quebrada.
De acordo com os pesquisadores o trabalho contra a ferrugem asiática não para, pois desde o início do programa Inox, eles já trabalham com a hipótese de quebra da resistência (inclusive à fungicidas), pois o fungo sempre mostrou que tem uma capacidade muito grande de adaptar-se a novas condições.
Enquanto a pesquisa para a criação de mais gerações da soja Inox é feita, os pesquisadores lembram que os produtores têm de seguir fielmente as recomendações de manejo. "O produtor deverá fazer no mínimo uma aplicação de fungicidas na soja Inox devido ao risco de seleção de novas raças de ferrugem. Além disso, há outras doenças que ocorrem na cultura da soja, as quais ainda necessitam de controle por meio da aplicação de fungicidas", reforça Suzuki.
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