As exportações brasileiras de carne de frango tiveram queda de 1,9% no primeiro semestre de 2009, em comparação com o mesmo período de 2008, totalizando 1,8 milhão de tonelada. A informação foi divulgada nesta terça-feira (14/07) pela Abef - Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango. No entanto, a maior queda do período foi registrada em relação à receita. No primeiro semestre de 2009, as vendas totalizaram US$ 2,7 bilhões, 20% a menos do que no ano passado.
Para o presidente-executivo da associação, Francisco Turra, ainda que as exportações apresentem queda, o cenário é positivo. ”Comparando com o momento de crise em que vivemos e vendo os outros setores, nós podemos nos dizer satisfeitos”, diz Turra. Segundo a Abef, a principal causa para a queda acentuada da receita cambial é a valorização do dólar.
No mês de junho, a receita registrou diminuição de 18,8%, e as exportações caíram 0,34%, em relação a junho do ano passado. O segmento de frango de corte apresentou queda de 5,94%, mas foi superado pelo aumento do consumo do frango inteiro. Isso já era esperado no contexto de crise, pois o produto especializado é substituído pelo mais barato.
Apesar das quedas, a Abef está otimista com relação ao crescimento anual do setor, que pretende atingir a meta de 5% em 2009. Isso porque há expectativas de abertura de novos mercados, como Nigéria, Sudão e Malásia, assim como ganhar mais espaço no gigantesco mercado da China.
Em relação aos mercados para os quais o Brasil já exporta, o Oriente Médio teve crescimento de 17% em comparação ao primeiro semestre de 2008, e a África um aumento de 28%. Ásia, União Europeia e América do Sul caíram 4%, 10% e 35%, respectivamente, mas a maior surpresa foi a retração de 60% no mercado russo.
Turra alerta que, nos próximos meses, o setor ainda vai apresentar quedas e a recuperação deve acontecer a partir de setembro.
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