É um estudo ainda inédito mas que será de grande utilidade para o setor sementeiro atestar a qualidade do material colocado à venda no mercado. Os pesquisadores da Embrapa Semi-árido deram um passo importante para o cultivo comercial de pinhão manso com finalidade de uso como biocombustível. O levantamento foi feito pela equipe do Laboratório de Sementes da Embrapa Semi-Árido (LASESA), coordenada pela pesquisadora Bárbara França Dantas.
Com os estudos fica definido o protocolo de análise de sementes da espécie, estabelecendo, inclusive, um conjunto de práticas e informações que as empresas do ramo precisam seguir a fim de garantir que as sementes adquiridas pelos agricultores tenham determinadas qualidades, a exemplo de índices de germinação que variam entre 80% e 90% - que são percentuais considerados adequados para um material genético posto à venda, explica Bárbara.
Nos testes conduzidos no LASESA foram avaliados aspectos como temperatura, período de incubação e substrato. A pesquisa ainda avalia a tolerância das sementes e mudas de pinhão manso a estresses ambientais, como salinidade e seca. O próximo passo do trabalho realizado no LASESA é a publicação da metodologia utilizada para estabelecer o protocolo, em uma das editoriais da Embrapa Semi-Árido. Após isso, será encaminhado para registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA.
O pinhão manso é uma das culturas oleaginosas em estudo para integrar o programa brasileiro de biocombustível. Embora ainda seja uma espécie submetida a diversas pesquisas, algumas das suas características já definidas, como a de ser considerada uma planta perene e o óleo extraído do fruto ter viscosidade de boa qualidade, faz com que o cultivo de pinhão manso atraia o interesse de agricultores e empreendimentos privados nas regiões Norte, Nordeste, Sul e Centro-Oeste.
Nenhum comentário:
Postar um comentário