É o objetivo de um projeto de transferência de tecnologia desenvolvido pela Embrapa Milho e Sorgo, de Sete Lagoas,
A idéia é disseminar a cultura do sorgo, usando como instrumentos a capacitação de profissionais da assistência técnica e de produtores no manejo da cultura, a validação de cultivares adaptadas às condições da região e a disponibilização de informações. Esse projeto será colocado em prática nos próximos meses.
A coordenação do trabalho está a cargo do agrônomo Marco Aurélio Noce e envolve diversos parceiros, entre eles instituições estaduais de pesquisa e outras unidades da empresa. Devido às suas características agronômicas, o sorgo foi a cultura agrícola escolhida. Em comparação com o milho, bastante comum em grande parte do meio rural nordestino, o sorgo é mais tolerante a altas temperaturas, mais eficiente na absorção de água e de nutrientes do solo, além de suportar melhor situações de déficit hídrico.
De acordo com o coordenador do projeto, a irregularidade hídrica torna a agricultura na região uma atividade de alto risco e gera sucessivas frustrações de safra. "A situação requer culturas que possam suportar melhor as deficiências do ambiente, como o sorgo, além de ações eficientes de transferência de tecnologia e de assistência técnica", aponta. Em termos de qualidade nutricional dos grãos e da forragem, o sorgo e o milho são praticamente idênticos; uma vantagem para o sorgo é seu custo de produção, que geralmente é menor.
No projeto serão trabalhados municípios de quatro estados: Bahia (Cansanção); Rio Grande do Norte (Apodi, Canguaretama e Pedro Avelino); Ceará (Santana do Cariri, Araripe e Porteiras); e Sergipe (Nossa Senhora das Dores, Frei Paulo e Carira). Marco Aurélio diz que "todas as ações serão desenvolvidas em parceria com as empresas locais de pesquisa e assistência técnica, cujos profissionais receberão treinamento sobre a cultura do sorgo de forma a disseminar este conhecimento em suas regiões de atuação".
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