É o que assegura o professor Salassier Bernardo, da Universidade Estadual do Norte Fluminense. Segundo ele, é cada vez maior a pressão para que a irrigação seja conduzida com mais eficiência e de forma sustentável. E lembrou que órgãos internacionais já preconizam uma redução em torno de 10% do consumo mundial de água com agricultura.
O presidente da Sociedade Brasileira de Agrometeorologia (SBA) e reitor da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Luiz Cláudio Costa, alerta que os efeitos das mudanças climáticas na agricultura brasileira, segundo pesquisas já realizadas, demonstra que as alterações no clima vão afetar fortemente a produtividade das culturas. Ele explicou que “há evidências claras de que irão ocorrer impactos na agricultura”, mas ressaltou que “esses impactos podem ser amenizados com o desenvolvimento de tecnologias e de novas cultivares adaptadas”.
Para o professor da UFV, Everardo Mantovani, é fundamental promover uma melhoria na gestão da irrigação, que, segundo ele, não pode ser confundida com manejo. “A gestão envolve o manejo, mas vai além. O manejo decide quando e quanto irrigar. A gestão considera solo, planta, clima, água, equipamentos, energia e estratégias de condução da lavoura”, explicou.
Atualmente, segundo o professor Mantovani já existem softwares desenvolvidos para implantar sistemas de gestão de irrigação. Há programas para grandes propriedades e outros simplificados para atender ao pequeno e médio produtor rural. O professor listou vários benefícios da gestão de irrigação, como diminuição do consumo de energia, aumento de produtividade da lavoura, redução de doenças e de perdas de nutrientes. Mantovani ressaltou ainda a importância do monitoramento, tendo em vista que, em alguns casos, pode ser necessário aumentar a disponibilidade de água para a lavoura, mas também é preciso evitar o excesso, que causa queda de produtividade.
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