Nos últimos meses, grandes frigoríficos - como Bertin e JBS-Friboi, bem como Marfrig e Seara - anunciaram acordos de fusão. Para Roberto Gianetti, presidente da Abiec - Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne, essa concentração de empresas não é uma ameaça ao mercado de proteína animal. 'Há uma concentração ocorrendo de forma acentuada no setor de frigoríficos, mas ela não oferece risco em relação à concorrência de compra de gado e venda de carne', disse em entrevista à revista Globo Rural nessa quinta-feira (22/10). A entrevista completa estará disponível na próxima edição da Globo Rural, em novembro.
Segundo Gianetti, os frigoríficos no Brasil estão bastante espalhados, e não impedimentos para que novas unidades surjam. Como há muitas opções, se determinada empresa vende mais caro, o varejo teria a opção de comprar de outra. Isso valeria mesmo para a JBS-Friboi, maior frigorífico do mundo. 'A empresa alcança 20% do mercado nacional. Não é tanto assim', disse.
Durante a entrevista, Gianetti abordou o tema da rastreabilidade, outro ponto que tem sido muito debatido. Esta é uma demanda cada vez maior no mercado de carne, principalmente no exterior, e a tendência é que aumente. 'Temos de satisfazer o cliente, e, se ele quer gado rastreado, vamos atender ao pedido'. Para o presidente da Abiec afirma que existe um projeto para que, até 2014, todos os frigoríficos associados à Abiec rastreiem 100% do gado em toda a sua cadeia produtiva.
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