25 fevereiro 2009

Nova tecnologia substitui Agrotóxicos


Tudo começou com uma experiência doméstica. Em 1999 o agricultor chileno Florencio Lazo testava equipamentos capazes de inibir as geadas que prejudicavam a produtividade de suas lavouras. Logo ele percebeu que um jato de ar em alta temperatura, aplicado por alguns segundos diretamente nas plantas, não lhes causava nenhum dano, pelo contrário, tornava-as mais resistentes.
Foi dessa maneira que o agricultor desenvolveu a tecnologia TPC – Thermal Pest Control – hoje patenteada mundialmente. O equipamento age na imunização de culturas agrícolas e reduz significativamente — e em alguns casos até elimina — a necessidade do uso de produtos agrotóxicos e pesticidas, restabelecendo a flora ambiental da planta, fortalecendo o seu sistema imunológico.
As máquinas Lazo TPC utilizam um queimador de GLP – gás de petróleo liquefeito — para aquecer o ar que é imediatamente pressurizado numa turbina movimentada pelo trator. Este ar quente é aplicado de forma laminar sobre as plantas à medida que o equipamento se desloca pela plantação. O jato de ar lançado sobre as plantas a uma determinada velocidade e temperatura elimina fungos, bactérias e demais pragas, agindo unicamente de forma física nas plantas, ao mesmo tempo em que provoca reações fisiológicas com reflexos muito positivos na sua produtividade.
A nova tecnologia, que está presente no Brasil há dois anos em fase de adequação, vem sendo reconhecida pelos bons resultados registrados nas plantações de laranja, tomate e uva. Nos vinhedos da Cave de Amadeu, em Pinto Bandeira, Rio Grande do Sul – vinícola que testou e vem auxiliando no aprimoramento do sistema — a colheita da última safra das uvas Chardonnay e Pinot Noir foi um sucesso: “Obtivemos uma safra 2009 especialmente boa em nossos vinhedos com uvas sem qualquer resíduo de agrotóxico. Em breve, estaremos disponibilizando aos nossos consumidores um espumante totalmente livre de resíduos tóxicos com um nível de qualidade ainda melhor”, diz Daniel Geisse, diretor Comercial da vinícola. Na avaliação de Diego Bertolini, gerente de marketing do Ibravin — Instituto Brasileiro do Vinho, a nova ferramenta pode revolucionar o segmento vitivinicola brasileiro. “Poderemos produzir vinhos de excelente qualidade sem o uso de agrotóxico. Isso nos abrirá um grande espaço no mercado internacional e mudará drasticamente a imagem do produto nacional”, diz Bertolini.


Pr IO

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