28 fevereiro 2009

Pesquisa adapta o plantio de frutas de clima frio para o semiárido

O semiárido não para de surpreender. Depois da uva, dos vinhos tropicais, a região começa a dar os primeiros passos para a produção comercial em seus campos irrigados de frutas típicas de clima frio e de alto valor agregado como pêra e maçã.

Estudos experimentais em execução no centro de pesquisa da Embrapa em Petrolina (PE) começam a superar limitações ambientais como a exigência dessas culturas por altitudes elevadas – mil metros – e cerca de 300 a 350 horas de frio com temperaturas em torno de 70ºC na fase de brotação.

No único ambiente de clima tropical semiárido em todo o planeta, o sertão nordestino, as safras de uva chegam a ser de 2,5 vezes no ano. No submédio do Vale do São Francisco, onde estão implantados cerca de 12 mil hectares, em 2007 foram colhidas mais de 95% das uvas exportadas pelo Brasil.

A região se destaca também por alterar o roteiro da vitivinicultura mundial e quebrar resistências dos segmentos mais tradicionais do setor em âmbito mundial, principalmente pela localização geográfica entre os paralelos 80 e 90 de latitude sul. As zonas vinícolas tradicionais no mundo estão situadas entre os paralelos 30 e 450 de latitude norte (Estados Unidos, França, Espanha, Itália, Alemanha e Portugal) – e os paralelos 29 e 450 de latitude sul (Brasil, Chile, Argentina, África do Sul e Austrália).
O engenheiro agrônomo Paulo Roberto Coelho Lopes, pesquisador da Embrapa Semiárido, acredita que pereiras e macieiras podem ser tornar frutas importantes para o negócio agrícola do país. Segundo ele, os bons resultados dos testes conduzidos em área experimental devem direcionar os estudos para avaliar o desempenho das variedades nas condições das empresas exportadoras e das propriedades de agricultores.

Tanto a pêra quanto a maçã são frutas com grande potencial de mercado, afirma ele. Dentre as frutas de clima temperado, a pêra é a terceira mais consumida e mais importada pelo Brasil. A produção nacional responde por menos de 10% do total consumido no país. As áreas cultivadas estão concentradas nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo e as colheitas ocorrem entre os meses de fevereiro a maio. De acordo com o pesquisador, a demanda atual por pêras no país pode vir a crescer e alcançar 300 mil toneladas ao ano.

O cultivo da macieira é recente no Brasil. Estabeleceu-se por meio de grandes empresas nos Estados das regiões sul e sudeste atraídas por incentivos de políticas públicas à implantação de pomares e instalação de infraestrutura de câmaras e transportes frigoríficos, e de comercialização. No semiárido, com as análises das avaliações de cinco variedades de maçã, Lopes considera como muito promissora a possibilidade de recomendar plantios comerciais da fruta dentro de mais um ano.

Os estudos com a pêra e a maçã integram projeto que a Embrapa Semiárido executa junto com a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba. O objetivo é viabilizar o cultivo de novas variedades de frutas nas novas áreas irrigadas que estão em fase de implantação no semi-árido.

Apenas nos Estados da Bahia e de Pernambuco deverão entrar em operação a partir de 2009 mais 30 mil hectares irrigados. Em uma dimensão menor, o mesmo irá ocorrer no Ceará, Rio Grande do Norte e Sergipe. O pesquisador Paulo Roberto Lopes explica que diversificar as opções de cultivo no submédio é uma estratégia inteligente para chegar ao mercado com oferta de várias frutas em épocas diferentes do ano.

EMBRAPA

Pr IO

3 comentários:

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