As pesquisas com o melhoramento de plantas têm mostrado respostas à necessidade do aumento de produção de alimentos no Brasil e no mundo, oferecendo ganhos em produtividade, qualidade do produto e introdução de novos usos. Jaime Cavalcanti, pesquisador da Embrapa Agroindústria Tropical, salienta que o melhoramento de plantas é uma das tecnologias que contribuíram para o avanço do agronegócio brasileiro, que hoje responde por mais de um terço do Produto Interno Bruto (PIB) do País. “O melhoramento tem possibilitado, não só atender a demanda de grãos, fibras e outros produtos da agricultura, mas produzir excedentes exportáveis que têm possibilitado saldo positivo nas exportações na última década”, completa.
O pesquisador lembra que o desenvolvimento de novas cultivares tem aumentado a produtividade de várias culturas. Nos últimos 20 anos, por exemplo, segundo Jaime Cavalcanti, há incrementos para o arroz da ordem de 132%, feijão (30%), maçã (390%), milho (109%), café (47%), tomate (107%) e soja (55%). “No caso da cajucultura, com o lançamento dos novos clones de cajueiro-anão precoce, observamos aumento de mais de 300% na produtividade e ganhos superiores a 22% no peso de amêndoas, além de considerável resistência às principais doenças que atacam a cultura”, relata.
Os avanços técnicos e científicos alcançados no estudo de genética e melhoramento de plantas no Nordeste do Brasil serão discutidos no I Simpósio de Genética e Melhoramento de Plantas do Nordeste. O evento vai reunir cerca de 100 estudantes e especialistas em melhoramento de plantas, a partir de amanhã e até o dia 29 de maio, no auditório da Embrapa Agroindústria Tropical, em Fortaleza, no Ceará.
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