03 agosto 2009

Bolsas de Mercadorias estão confiantes no leilão de Pepro de milho

A ausência de nota ou de comunicado oficial da Conab - Companhia Nacional de Abastecimento - posicionando o mercado sobre o leilão de Pepro de milho desta terça-feira (04/08), mantém Bolsas de Mercadorias confiantes na realização do pregão. Havia rumores de que a estatal poderia cancelar o leilão.

Em Curitiba, um representante da BBM-PR - Bolsa Brasileira de Mercadorias - que não quis se identificar, diz que a Conab pode adiar ou mesmo cancelar o leilão em cima da hora da realização, mas que o mercado local não acredita nisso. "O leilão é dado como certo. Depois de toda a especulação da semana passada em cima do assunto, se tivesse que cancelar a operação, a Conab já teria cancelado", diz a fonte paranaense.

Em São Paulo, a BM&FBovespa também está confiante na realização. De acordo com uma fonte da empresa, a Bolsa tem duas a três corretoras atuando junto aos leilões de milho, com cerca de cinco a seis clientes cada uma, e embora a demanda local pareça pequena, o mercado nem sequer cogita cancelamento da operação. "A Conab não ia largar um edital para não fazer o leilão. Essa verba já está destinada", sustenta a fonte de São Paulo, que também preferiu não se identificar.

Na última quinta-feira (30/07), o presidente-executivo da Abramilho - Associação Brasileira dos Produtores de Milho - Odacir Klein, enviou correspondência ao Ministério do Planejamento reiterando a necessidade de evitar novos cancelamentos dos leilões de milho. Ao invés de cancelar, deveriam ser promovidos ainda mais leilões, defendeu Klein. De acordo com o dirigente, no caso específico do milho, num momento de preços baixos e estoques altos, ou há estímulo para a comercialização ou o produtor ficará desmotivado para plantar a próxima safra.

O leilão de Pepro de milho desta terça-feira deve ofertar 760 mil toneladas com origem no Distrito Federal e em Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Paraná. O valor máximo do prêmio será de R$ 0,036 por quilo para o Distrito Federal e o estado de Goiás; R$ 0,091 por quilo para a Região o norte de Mato Grosso; R$ 0,081 por quilo para o médio norte de Mato Grosso; R$ 0,071 por quilo para o sul de Mato Grosso; R$ 0,046 por quilos para Mato Grosso do Sul e R$ 0,012 por quilo para o Paraná.

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