A média do preço das terras destinadas à agropecuária no país ficou em R$ 4.446 por hectare no bimestre maio-junho de 2009, 1,2% acima do bimestre anterior. O resultado faz parte do relatório divulgado nesta segunda-feira (03/08) pela consultoria AgraFNP.
Na comparação com a média registrada em julho-agosto de 2008 (R$ 4.334), a cotação mais atual ficou 2,6% superior em termos nominais. Descontando a inflação acumulada no período, verifica-se que ganho real de 1,9%. Em relação há 36 meses (julho-agosto de 2006), a valorização nominal foi de 44,3% e a real chegou a 7,6%.
Segundo analistas da AgraFNP, a soja continua dando grande sustentação aos preços das terras. Com a manutenção dos preços da commodity em níveis estáveis, o mesmo é observado para as terras. "Está cada vez mais claro também que os donos de terras no Brasil estão atentos à perspectiva de escassez de terras para produção de alimentos e energia no mundo. As ofertas têm se tornado mais escassas e quando um negócio efetivamente se concretiza, os preços são altos”, diz Jacqueline Bierhals, coordenadora da pesquisa.
As terras da região Sul do Brasil foram as que mais se valorizaram em relação há 36 meses, com alta nominal de 52,4%, seguida pela região Centro-Oeste, com aumento de 48,3%. No Nordeste, região mais procurada por investidores estrangeiros, a reação foi de 46% e no Norte, de 41,6%. O Sudeste continua com a alta menos expressiva, de 36,9% no período. A avaliação por estado revela que o grande destaque negativo no bimestre ocorreu no Pará, onde houve embargo a fazendas de pecuária de corte localizadas na Amazônia Legal.
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