O plantio de soja na região dos Campos Gerais, que começa em outubro, terá uma área 5% maior na safra 2009/2010 em relação à safra anterior. As lavouras irão avançar cerca de 24 mil hectares sobre o cultivo de feijão tecnificado e, principalmente, de milho. Com isso, as plantações do grão passam de 436 mil para 460 mil hectares.
Com a estimativa de produtividade de 3250 quilos por hectare, a produção também poderá configurar um recorde, totalizando 1,5 milhão de toneladas, 200 mil toneladas a mais que na safra 08/09.
– Desde a década de 90 não temos uma produção tão grande. Se o clima ajudar, estas estimativas preliminares podem até aumentar – explica José Roberto Tosato, engenheiro agrônomo do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Desenvolvimento do Paraná.
Como a soja é um commoditie internacional, o aumento da produção, aliado à perspectiva de melhora nos preços - fator que incentivou o aumento das intenções de plantio - seria muito bem vindo pelas indústrias moageiras.
– Bunge, Dreyfuss, Insol e outras estão com problemas de falta do produto. Este quadro poderá se reverter no ano que vem, se confirmadas as previsões – diz Tosato.
No primeiro semestre o mercado se voltou para o exterior. Além disso, houve quebra na safra, atormentando os que vivem do mercado da soja.
– Neste ano, os problemas maiores são com o milho, que não tem perspectiva de melhora no preço. Os Estados Unidos terão excedente de produção de milho, desequilibrando a balança e prejudicando nosso mercado. Também por isso os produtores preferiram a soja aqui no Paraná – explica.
No Estado, a previsão de produção somente na safra de verão 2009/2010 é de 20,84 milhões de toneladas de grãos, 25% a mais que no ano passado, quando a safra resultou em 16,54 milhões de toneladas. De acordo com a pesquisa, divulgada na sexta, dia 25, a área ocupada com soja na safra de verão avança de uma área plantada de 4,16 milhões de hectares, na safra 08/09, para 4,3 milhões de hectares, a maior área já plantada no Estado.
A produção deverá atingir um volume de 13,15 milhões de toneladas, um aumento de 40% sobre a safra passada.
– Os produtores estão optando pela soja, pelos preços mais compensadores, maior liquidez no mercado e risco menor na condução das lavouras – avaliou o engenheiro agrônomo do Deral, Otmar Hubner.
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