É secular o uso do mel como alimento pelo homem. Entre alguns períodos onde a exploração do produto era predatória e os dias atuais, o homem foi aprendendo a proteger seus enxames, instalá-los em colmeias racionais e manejá-los de forma que houvesse maior produção de mel sem causar prejuízo para as abelhas. Dessa forma surgiu a apicultura.
Hoje além do mel, segundos os pesquisadores da Embrapa Meio-norte, é possível explorar, com a criação racional das abelhas, produtos como: pólen apícola, geléia real, rainhas, polinização, apitoxina e cera. Existem casos de produtores que comercializam enxames e crias. O Brasil é, atualmente, o 6° maior produtor de mel, perdendo para a China, Estados Unidos, Argentina, México e Canadá.
Para que o agricultor possa desenvolver um bom esquema de exploração do mel é necessário que ele possua conhecimentos sobre biologia das abelhas, técnicas de manejo e colheita do mel, pragas e doenças dos enxames, importância econômica, mercado e comercialização.
Ainda sob a orientação dos técncios da Embrapa, uma das primeiras etapas do processo de produção de mel, passa pela criação dos apiários, que podem ser fixos ou migratórios. No caso do apiário fixo, a característica é a permanência das colmeias durante todo o ano em um local previamente escolhido, onde as abelhas irão explorar as fontes florais disponíveis em seu raio de ação, considerando um máximo de 3 km para uma coleta produtiva.
Como as abelhas não são deslocadas, permanecendo no apiário durante todo o ano, a escolha do local assume importância fundamental na manutenção das colmeias e produtividade do apiário. Algumas diretrizes devem ser seguidas para que se possa garantir a segurança em relação a pessoas e animais, em função da presença de abelhas. É recomendável que o apiário seja cercado, podendo-se utilizar mourões de madeira e arame farpado, ou materiais que estejam disponíveis no local, como bambus, madeiras, etc. Esses materiais alternativos podem reduzir o custo de instalação da cerca, apesar de não terem a mesma durabilidade de uma cerca com arame.
Para o caso do apiário migratório, deve-se ficar atento a necessidade de que deve atender à maioria das características de um apiário fixo, entretanto, é usado na prática da apicultura migratória, em que as abelhas são deslocadas ao longo do ano para locais com recursos florais abundantes. Como a necessidade de deslocamento é freqüente, a maioria dos apicultores prefere não cercar esses apiários.
Outra característica que o difere do apiário fixo está baseada nos tipos de cavaletes utilizados. Pela necessidade de praticidade no transporte das colmeias e do restante do material, os cavaletes utilizados devem ser desmontáveis ou dobráveis diminuindo, dessa forma, o volume de carga a ser transportada e o tempo gasto na sua montagem e desmontagem. Alguns apicultores ainda preferem a simples utilização de tijolos e caibros de madeira, para a construção de um suporte para as colmeias. Apesar de esses cavaletes serem de fácil instalação, existem algumas desvantagens com relação ao manejo no caso de as colmeias serem dispostas em um mesmo suporte e pela falta de proteção contra formigas e cupins. A situação menos recomendável é aquela em que as colmeias são dispostas em contato direto com o solo, sem a utilização de qualquer suporte, acarretando prejuízos tanto para o enxame como para a vida útil das caixas.
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