No sudoeste de Goiás os confinamentos estão praticamente lotados de animais. Apesar de muitos acreditarem que haveria um aumento no volume de gado confinado, esta expectativa não deve se cumprir, por causa dos altos custos de produção.
Há quase 30 dias os animais começaram chegar ao confinamento de Carlos Kind. São 14 mil cabeças distribuídas em 12 coxos. Cada quadra abriga no máximo 120 bois.
Depois que os animais chegam ao confinamento, eles permanecem cerca de 60 dias e recebem uma dieta de alto grão. Esta alimentação é composta por 30% de volumoso e 70% de concentrado, a base de milho, sorgo, farelo de soja e outros ingredientes.
Na propriedade de Kind o ganho diário de peso está acima da média nacional, de 1,6 quilo. Para manter essa média, dois funcionários trabalham diariamente. Os vagões com ração chegam a passar até dez vezes por dia.
O alimento é todo produzido na fábrica da fazenda. O silo abriga 30 mil toneladas. Só de concentrado são consumidas cerca de 200 toneladas por dia. E é esse insumo que tem elevado os custos de produção e deixado o empresário apreensivo. Em média a alta foi de 24%.
No ano passado o proprietário colocou 26 mil amimais nos coxos durante o período de confinamento. Agora ele acredita que não será viável. Situação que é semelhante a de outros confinadores. Segundo ele, as possibilidades de resultados positivos para esse ano são bem remotas.
Goiás é responsável por quase 50% dos confinamentos do Brasil. Na região, a arroba do boi está sendo vendida a R$ 89 em média. Preço melhor do que no ano passado.
Em 2010 mais de um milhão de animais foram confinados. Em abril deste ano a Associação Nacional dos Confinadores acreditava que haveria um aumento de 31% no volume. Mas para o analista Fábio Paiva, esta expectativa não deve se confirmar. Ele conta que deve se manter o mesmo patamar do ano passado, mas não acredita em falta e sim em redução.
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