Só no mês de maio, as exportações do mel nacional atingiram US$ 8,1 milhões e volume de 2.588.243 kg, com aumento de 98,26% em valor e de 80,67% em peso na comparação com o mesmo período de 2010, segundo levantamento mensal do Sebrae. O preço médio pago pelo mel exportado em maio foi de US$ 3,16, com queda de 0,63% na comparação com o mês anterior. Ainda em referência a abril, houve aumento de 0,17% no valor e de 0,83% no volume exportado.
Diretor-geral da Central das Cooperativas Apícolas do Semi-Árido, Antônio Leopoldo, acredita que este ano Brasil produzirá safra recorde do produto. Ele afirma que houve grande aumento nas exportações do mel brasileiro nos últimos meses e que, possivelmente, em 2011, o Brasil terá uma safra recorde de 6 mil toneladas do alimento. “Esse cenário positivo para a apicultura brasileira é a somatória do clima favorável, com boa distribuição das chuvas, e da demanda forte do mercado mundial”, explica. Ele salienta que hoje há forte queda de produção de mel no mundo, devido ao desmatamento. Este fator, somado ao crescimento da demanda no Brasil e no exterior, na visão de Leopoldo, contribui para os números alcançados.
“Na maior parte do mundo não há área nativa para produção, o que para o Brasil significa um ponto positivo. Ainda temos muitas áreas disponíveis para crescer na produção de mel”, acredita. Ele lembra que a China é o maior produtor mundial do produto, mas que se trata de "artigo de baixa qualidade”.
O estado do Piauí e mais oito, forma a região do Semi-Árido, que responde por 40% da produção do mel brasileiro. Atualmente a central de cooperativas tem cerca de 910 famílias produtoras, cadastradas . Em 2010, o grupo exportou 14 contêineres, com 18,5 mil quilos cada. Em 2011, só neste primeiro semestre, já foram enviados para os Estados Unidos 17 contêineres e já há matéria-prima para mais 13 tanques. “Esperamos que até o fim deste ano sejam produzidos 40 contêineres e devemos chegar ao mercado italiano”, comemora Leopoldo.
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