A correção do solo é o primeiro passo para garantir uma boa colheita, mas muitas vezes os agricultores esbarram nos custos elevados dos adubos e fertilizantes. Para tentar driblar este obstáculo, eles apostam na agricultura de precisão, um investimento com retorno certo, através da otimização do uso dos nutrientes e do aumento do rendimento das lavouras.
Até que as sementes possam ser lançadas na terra, é preciso dar atenção especial para o solo, fonte de alimentos para que a planta cresça forte e sadia. Assim, a semeadura em um terreno bem balanceado, rico em nutrientes, é garantia de boa produtividade.
– É evidente que é fundamental o preparo do solo. Um solo bem preparado resulta em lavouras de alta produtividade. Nessa fase inicial é fundamental a mecanização, o preparo do solo e, principalmente, as práticas corretivas como o uso correto do calcário, do gesso, e até mesmo do fósforo para corrigir o solo – explica o professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), Godofredo Vitti.
Apesar de recomendado e necessário, diante da alta dos preços dos adubos e fertilizantes, o produtor busca outras estratégias para reduzir custos sem comprometer a lavoura de soja. Uma boa alternativa é a agricultura de precisão, técnica que permite o mapeamento da fertilidade do solo e um plano de ação na propriedade.
–A agricultura de precisão surgiu nos Estados Unidos e foi trazida para o Brasil há pouco mais de 10 anos, por agricultores de Mato Grosso que apostaram nos resultados positivos desta técnica. Com o tempo e a utilização ela se expandiu, e hoje é seguida por agricultores de praticamente todos os estados produtores – comenta o supervisor de serviços agronômicos da Bunge, André Laidane.
Renato Raiter adotou a técnica em 2003. Desde então, a área de 2100 hectares começou a ser monitorada safra a safra. O produtor tem informações detalhadas das características do solo da fazenda, como por exemplo, áreas do terreno onde há falta ou excesso de nutrientes. Este conhecimento foi possível através da retirada e análise de amostras de solo em vários pontos diferentes de cada talhão, o que permitiu maior planejamento na hora de corrigir a área e melhorou o rendimento da lavoura.
Com os resultados comprovados, o investimento para implantar a agricultura de precisão se torna mínimo, em torno de 20 a 25 reais, ou seja, cerca de meia saca por hectare. A despesa é facilmente recuperada se for levada em conta a otimização do uso dos nutrientes e o possível aumento de produtividade.
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